terça-feira, 4 de dezembro de 2012


Como se forjam os Caveiras:
A Tropa de Elite

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Como treinar um homem para que se torne um combatente? Como fazer com que ele resista a fome, ao frio, intempéries, frustrações, medo e tudo aquilo que corrói o psicológico e o físico de um um ser humano no campo de batalha, onde sua vida está em risco?
É simples, leve-o ao limite. É nisso que se baseia um curso de Operações Especiais.
Enfrentar a morte… e vencer.
Grande parte dos cursos desse tipo têm em seus brevês o símbolo da caveira com uma faca, ou outro objeto, cravada no crânio. Esse simbologia representa a vitória sobre a morte. Este é um dos conceitos que são pregados durante todo o curso. Fazer o combatente, ou aspirante a “caveira”, crer que é capaz de enfrentar a morte e sair vitorioso é parte da filosofia que deve ser absorvida por sua personalidade para que seja capaz de cumprir as mais difíceis missões.

Atestado de quase-imortalidade. | Créditos: Roberto Ajala.
Na verdade, a grande diferença existente nos demais cursos para o de Operações Especiais é que neste último não são apenas as técnicas e a preparação física o foco de treinamento, mas também o fortalecimento da psique por meio de simbologias (como a caveira) e outros artifícios como um vocabulário próprio, valores específicos e a sensação de fazer parte de uma família de membros selecionados nos mais rigorosos testes.
Ou seja, um soldado treinado em Operações Especiais é diferente dos demais, mesmo que apenas no psicológico – e isso faz toda a diferença.
Geralmente os aspirantes ao curso já são atletas, pois passam por uma seleção rigorosa, na qual sua capacidade física é levada ao extremo. Durante o curso, porém, toda essa capacidade é apenas um dos atributos requeridos. Imaginem privação de sono, fome, treinamentos intermináveis, terror psicológico e a necessidade de estar sempre alerta para o perigo; isso é o cotidiano de um curso dessa natureza.
De que vale a técnica se na hora do combate (em meio a tiros e ameaças reais) não agirmos, se imergirmos em estado catatônico pondo em risco a vida de companheiros que contam com nosso apoio? É por isso que o curso deve preparar o homem para a pior das situações.



Como funciona o treinamento especial

"É pra correr?", "É, o cara disse pra seguir correndo.", "Tem cobra?", "Tem, mas uma já tá dentro da panela..."
Durante o curso não há graduações ou patentes. Todos os candidatos são colocados no mesmo patamar, como candidatos, independente das funções que desempenham em sua corporação ou tempo de serviço.
Exercícios intermináveis pela noite, marchas que duram dias, frio, fome e sono… Misturam-se a instruções de sniper, emboscada, defesa pessoal, conduta de patrulha, montanhismo, sobrevivência no mar, primeiros socorros, armamento, situações com reféns e diversas outras situações de risco e disciplinas pertinentes.
Durante o curso os candidatos dormem em qualquer lugar, comem quando tem a oportunidade e sua única preocupação é a sobrevivência. Existe um jargão que reflete bem esse pensamento:
“Se mandarem sentar, deite.
Se mandarem deitar, durma.”
Ou seja, aproveite todo e qualquer momento de descanso, você não sabe quando terá outro.
Um operações especiais deve ter um psicológico inabalável e um condicionamento físico de atleta. É lógico que o fator sorte também conta muito, afinal ninguém está a salvo de ficar doente durante um curso tão árduo e longo. A duração de um curso de operações especiais varia bastante, mas geralmente é entre 3 e 6 meses.



Os cursos existentes no Brasil
Eles existem em diversas organizações policiais e militares. No Brasil podemos citar alguns, como o Comandos, um curso de Operações Especiais do Exército Brasileiro, sem dúvida um dos mais difíceis do mundo. Ele é seguido pelo curso de Forças Especiais, no qual os caveiras precisam demonstrar ainda mais sua capacidade física, intelectual e psicológica.
Temos também o COMANF, da Marinha Brasileira, com ênfase na parte de sobrevivência no mar, e o COESP, da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, com ênfase no combate urbano.
Outras polícias militares do Brasil também possuem cursos de operações especiais, como a da Bahia e de São Paulo, entre outras. O curso mantém um padrão internacional de exigência. Podemos encontrar este tipo de curso em outros países, como a Colômbia, com quem as polícias militares e o exército brasileiro mantém convênio.
Não sou formado em operações especiais. Mas durante o curso de Formação de Oficiais fomos convidados a realizar um estágio com o Batalhão de Operações Especiais – o BOPE. Isso não se compara com o verdadeiro Curso de Operação Especiais (COESP), mas já dá um aperitivo do que pode se esperar em um COESP.
Confesso que não é nada fácil. Lembro da adrenalina em alta o tempo todo, da caminhada interminável, do frio e das instruções. O cansaço já fazia parte do nosso corpo e a sensação de alerta se refletia nos olhares assustados de todos. Sem dúvida este é uma experiência para poucos…

Campo de concentração: o mito
Alguns caveiras mais antigos contam que, em sua época, ao término do curso de operações especiais, os candidatos eram levados a um lugar deserto, similar a um acampamento militar, onde tinham de se livrar dos instrutores, que os levavam ao limite da resistência humana com todo tipo de torturas. Segundo relatos, que podem ser reais ou não, eles passavam por torturas como choques elétricos e afogamentos. Seria como uma espécie de iniciação para os caveiras.
Na realidade, entretanto, não há nada comprovado sobre isso. Podemos, sim, crer que as provações nesse tipo de treinamento são extremas.

Mulheres como Operações Especiais
De fato, a maioria dos cursos de Operações Especiais não chegam a mencionar a exclusividade para o sexo masculino. Todavia a exigência física seria a mesma para ambos os sexos, afinal trata-se da busca de moldar o combatente para ser capaz de cumprir as mais difíceis missões existentes, independente de ser homem ou mulher.
Cursos de Elite
 Curso do CIGS: a maioria desiste.
Existem outros cursos que podem ser considerados de elite, como o CIGS – Guerra na Selva, do Exército Brasileiro, e o GRUMEC, da Marinha Brasileira. A cobrança é tão alta quanto no de Operações Especiais, sendo mais específicos ainda quanto ao tipo de terreno e técnicas aplicadas.
Conta a lenda que existem certas rivalidades entre os cursados neste cursos e os combatentes de operações especiais. O fato é que ambos são combatentes de elite: é difícil precisar qual deles é o melhor, eu diria que depende de diversos fatores como o terreno de combate e o tipo da missão.
É importante esclarecer que operações especiais e agentes secretos (ou de inteligência) não são a mesma coisa. Embora diversos agentes secretos sejam oriundos das forças especiais. Mais tarde comentarei sobre estes agentes, seu treinamento, forma de atuação e alguns mitos. Até mais.

Thyago Ferreira
Oficial da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Amante de armas, explosivos, operações de inteligência, guerra eletrônica e coisas do gênero. Carioca, flamenguista, sonhador e escritor nas horas vagas.

COLABORAÇÃO: TEN PM OE ASSIS – CAVEIRA GUERRA.




QUEM SÃO ELES?



Um oficial de uma unidade de fronteira realizou um reconhecimento, em conjunto com uma patrulha da nação amiga vizinha, em parte de sua área limítrofe.
Após o encontro e feitas as coordenações, iniciaram-se os seis dias previstos de deslocamento. O oficial brasileiro, GUERREIRO DE SELVA, deslocava-se à frente, orientando a equipe de navegação. Ao contrário das cartas brancas e sem referências de posse da patrulha estrangeira, as cartas brasileiras estavam preparadas e o homem-bússola, um “cabo velho” da fronteira, orientava-se pelo sol, para admiração dos estrangeiros.
Ao final da tarde pararam para o pernoite e os brasileiros convidaram os estrangeiros para uma jantar conjunto. Era só o primeiro dia, mas ficava claro que os convidados estavam admirados.
Era época de estiagem e não havia chovido antes e nem durante a missão, secando os igarapés. Os COMBATENTES DE SELVA do Brasil não passavam sede com os cipós d´água abastecendo a patrulha, técnica que não era conhecida dos estrangeiros.
Além disso, a patrulha brasileira dividiu as cargas igualmente entre seus membros e completava a alimentação com a obtenção de alimentos de origem vegetal e animal. Assim, o cardápio dos “COMBATENTES DE SELVA” era variado e mais nutritivo.
Em contrapartida, os estrangeiros carregavam o peso de forma irregular e não queriam consumir a água obtida nos cipós devido ao asco que sobrepujava a sede. Também se alimentavam só de rações, pois seus organismos não estavam adaptados aos frutos e as caças obtidas. Estavam definhando!
Na proporção que os COMBATENTES DE SELVA BRASILEIROS chegavam ao objetivo, cada vez mais entusiasmados e fortes em um ambiente em que se sentiam literalmente em casa, os ilustres convidados, segundo seu próprio comandante, estavam abatidos e esperando pelo retorno.
Chegaram ao marco de destino na tarde do dia determinado. Foi estabelecido o contato com o Brasil e informado sobre o cumprimento da missão e que os brasileiros estavam muito bem, mas que a patrulha amiga estava bem abatida.
Como resposta, foi acertado um lançamento de dois fardos, pela Força Aérea Brasileira. Quando faltava pouco tempo para o lançamento, o oficial e o sargento brasileiros, ambos “GUERRA NA SELVA”, sentiram trepidar a “ONÇA NO CHAPÉU”...
Balizamento pronto e comunicações estabelecidas, os fardos foram lançados no alvo! Eram dois volumes, cada um com 50 litros de água, que foram recolhidos sob ávidos olhares da nação amiga.
Quando o oficial da patrulha estrangeira foi informado que um dos fardos seria dele, com os olhos cheios de água, abraçou os brasileiros como se abraçam os irmãos.
Os estrangeiros já não disfarçavam mais a admiração pela Patrulha conduzida pelos “GUERRA NA SELVA”! Os soldados da nação amiga, que vieram correndo para buscar a água, gritavam claramente em sua língua, repetidas vezes: “QUEM SÃO ELES?”
GUERRA NA SELVA
Capitão PRAZERES – Instrutor do CIGS, biênio 2010/2011
Colaboração: TEN PM OE ASSIS – Guerreiro de Selva 5231

quarta-feira, 7 de novembro de 2012


Polícia Civil apreende armas usadas no assassinato de jovem no bairro Cristo Libertador

                              
A equipe de inteligência da polícia civil de Sena conseguiu chegar ao paradeiro de três armas de fogo, que segundo informações dos agentes, seriam as mesmas usadas para assassinar o jovem Geremias Araújo 23, crime que aconteceu no dia 29 de outubro na Rua Nasse Nasserala, no bairro Cristo Libertador, na ocasião Geremias, comemorava o aniversario no quintal de casa quando foi alvejado com os disparos.

Identificados e localizados os executores foram apreendidos por se tratarem de menores, foram encaminhados à Unidade de Sócioeducação de Sena, onde aguardam pronunciamento da justiça. Contudo faltava a peça chave para esclarecer de vez o crime, que segundo consta foi motivado por vingança, faltavam as armas usadas no homicídio.

Nessa manhã os agentes conseguiram localizar dentro de uma casa na Rua Santa Helena no bairro Cristo Libertador as três escopetas usadas na execução de Geremias. Dentro das armas de calibres 20,28 e 32 ainda constavam os cartuchos deflagrados no ultimo crime. Como não havia moradores na casa, nessa ação policial ninguém foi preso.

 
 Em menos de 24 horas a polícia conseguiu tirar de circulação seis amas de fogo usadas pela criminalidade.
 

Fonte da matéria: reportersena.net

Polícia Militar de Sena Madureira aprende três armas de fogo em operação no Beco do Adriano.

Foto: Assis Santos

Na noite de ontem (06/11) uma ação da Polícia Militar, comandada pelo SGT PM Keilo, resultou na prisão de 03 infratores que estavam portanto 03 (três) armas de fogo.
Após receber denúncia via 190, de que 03 (três) indivíduos estavam armados, e que teriam ido no Bairro da Vitória e estavam voltando indo em direção ao Beco do Adriano, os militares, mobilizaram o efetivo ordinário e montaram uma operação e cercaram o Beco do Adriano, após o cerco conseguiram localizar os três indivíduos citados na denúncia sendo um maior de idade conhecido por Jonas de Souza, 18 anos e mais dois menores. Todos os infratores estavam portando arma de fogo onde o maior portava um revolver calibre 38, carregado com 06 (seis) munições, e com numeração e marca raspadas, e ainda outros 02 (dois) envolvidos, que são menores, e foram apreendidos por estarem portando 01 (um) Revolver 38,  da Marca Taurus e numeração 1942018, carregado com 05 (cinco) munições e Uma Escopeta de marca Rossi, Calibre 32, carregada com 01 (um) Cartucho e ainda com 02 (dois) cartuchos em poder do infrator.
Após o flagrante, os infratores foram conduzidos a USP para os procedimentos subsequentes.
Vale lembrar que um dos menores aprendido, a alguns meses atrás já teria sido aprendido portando uma Pistola cal.40 de uso exclusivo das polícias. 

quinta-feira, 1 de novembro de 2012


Abordagem Policial e Busca Pessoal - Questões legais e operacionais

É bom refletirmos sobre a busca pessoal e a abordagem policial, pois são ações que fazem parte do dia-a-dia da nossa profissão. É preciso conhecer as leis e a doutrina jurídica para não extrapolarmos nossa competência legal e, consequentemente, incorrermos em ilícitos penais.


Diante da fundada suspeita de que uma pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar, o policial pode e deve realizar a busca pessoal, independentemente de mandado. Tal procedimento é previsto pelo artigo 244 do Código de Processo Penal (CPP).
Art. 244 - A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar.
A doutrina interpreta extensivamente esse meio de prova (acautelatória e coercitiva) para autorizar, além da inspeção do corpo e das vestes, a revista em tudo que estiver na esfera de custódia do suspeito, como bolsa ou automóvel, desde que haja fundada suspeita.


Como todo ato administrativo, a abordagem e a busca pessoal possuem os atributos da imperatividade, coercibilidade e autoexecutoriedade, isto é, impõe-se de forma coercitiva, independentemente de concordância do cidadão, e são realizadas de ofício, a partir de circunstâncias determinantes, sem necessidade de intervenção do Poder Judiciário. Assim sendo, no momento da abordagem, cabe ao cidadão tão somente obedecer às ordens emanadas pelo policial, sob pena de incorrer no crime de desobediência, previsto no artigo 330 do Código Penal (CP). Se o cidadão se opor, mediante violência ou ameaça, a ser submetido a busca pessoal, ele pratica o crime de resistência, previsto no artigo 329 do CP. Nesse caso, o policial pode fazer uso da força para vencer a resistência ou defender-se, consoante artigo 292 do Código de Processo Penal (CPP).


É preciso ter atenção à expressão "fundada suspeita". Somente é permitida a busca pessoal diante de uma suspeita fundamentada, palpável, baseada em algo concreto. Preste atenção na expressão correta: "Fundada suspeita", e não "atitude suspeita". É preciso esclarecer esse ponto, porque, segundo os doutrinadores, a suspeita é uma desconfiança ou suposição, algo intuitivo e frágil por natureza, razão pela qual a norma exige a "fundada suspeita", que é mais concreta e segura.


No julgamento do habeas corpus nº 81.305, o Superior Tribunal Federal arquivou um processo porque entendeu que a busca pessoal foi realizada sem haver fundada suspeita, ou seja, entendeu que a prova foi obtida por meio ilícito.
(...) A “fundada suspeita”, prevista no art. 244 do CPP, não pode fundar-se em parâmetros unicamente subjetivos, exigindo elementos concretos que indiquem a necessidade da revista, em face do constrangimento que causa. Ausência, no caso, de elementos dessa natureza, que não se pode ter por configurados na alegação de que trajava, o paciente, um “blusão” suscetível de esconder uma arma, sob risco de referendo a condutas arbitrárias ofensivas a direitos e garantias individuais e caracterizadoras de abuso de poder. Habeas corpus deferido para determinar-se o arquivamento do Termo.

HC 81305, Relator(a): Min. ILMAR GALVÃO, Primeira Turma, julgado em 13/11/2001, DJ 22-02-2002 PP-00035 EMENT VOL-02058-02 PP-00306 RTJ VOL-00182-01 PP-00284)
Infelizmente ou felizmente, a busca pessoal não é legalmente prevista para atividades e ações de prevenção criminal, a exemplo de operações do tipo "Batida Policial", "Blitz Repressiva", entre outras ações em que o cidadão é revistado sem haver a fundada suspeita. Segundo os doutrinadores, a revista pessoal não é um meio de prevenção ou repressão, mas um meio de prova. Tanto é assim que o art. 244 do CPP, que trata da busca pessoal, está disposto no título “Das Provas”. Todavia, é bom salientar que a blitz de trânsito, aquela que fiscaliza documentos e condições do veículo, é plenalmente legal, pois é prevista pelo Código de Trânsito.


O policial "ponta de linha" deve tomar conhecimento dessas questões legais e doutrinárias, pois, caso seja determinado a cumprir operações do tipo "Batida Policial", não pode ter vergonha de falar na rede de rádio ou constar em seu relatório que não abordou ninguém, tendo-se em vista que nenhuma pessoa foi encontrada em fundada suspeita. Se alguma pessoa estiver na fundada suspeita de estar de posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, logicamente o policial deve abordar. Não pode se eximir do seu dever constitucional de preservar a ordem pública e garantir a incolumidade das pessoas e do patrimônio.


O que eu quero enfatizar é que o policial não deve produzir "números" agindo em dissonância da lei. Ordem ilegal não se cumpre. Certamente que abordagens e operações do tipo "Batida Policial" trazem benefícios para a comunidade, sendo uns dos meios que mais tiram cidadãos infratores das ruas. Sem dúvida. A minha opinião é a de que o policial deveria ter, legalmente falando, mais liberdade para realizar abordagens e buscas pessoais. Porém, nós policiais não podemos resolver os problemas da sociedade criando problemas para nós mesmos. Se a lei fala que a busca pessoal somente deve ser realizada diante de uma "fundada suspeita", cabe a nós policiais agirmos de acordo com a norma legal, pois vivemos num Estado Democrático de Direito, onde nossas ações são rigorosamente disciplinadas por regras jurídicas.


Para revestir a ação policial de completa legalidade, é importante que, ao prestar um depoimento ou redigir um boletim de ocorrência, o policial esclareça qual o motivo de ter sido efetuada a busca pessoal no cidadão. Veja o exemplo de alguns trechos de boletins de ocorrência:
De acordo com a Central de Comunicações, dois indivíduos haviam efetuado um assalto a mão armada na Loja de Celulares X e evadido em fuga num veículo modelo Gol, de cor marron, placa não anotada, pela Rodovia MG-010, sentido Aeroporto de Confins. Momentos após a mensagem da Central, deparamos com um veículo modelo Gol, de cor marron, placa YYY-0000, ocupado por dois individuos. Diante da fundada suspeita de serem os autores do delito, abordamos o veículo e realizamos busca pessoal nos ocupantes. Entretanto, nenhum objeto ilícito foi encontrado e a vítima não reconheceu os abordados como sendo os autores do crime.
Ao patrulharmos a Rua X, percebemos que o conduzido ficou inquieto e apreensivo ao avistar a viatura policial. Quando nos aproximamos, ele tentou esconder em suas vestes o objeto apreendido. Diante da fundada suspeita, o abordamos e revistamos, sendo encontrado...
Ao patrulharmos o local Y, conhecido como ponto de venda de entorpecentes, sentimos forte odor de maconha, razão pela qual decidimos abordar e revistar os cidadãos que ali se encontravam. Durante busca pessoal nos circunstantes, foi encontrado com o conduzido...
No caso de busca pessoal em mulheres, o dispositivo legal que trata do assunto é bem claro:
Art. 249 do Código de Processo Penal - A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da diligência.
Sempre que possível, a busca em mulheres deve ser realizada por uma policial (sexo feminino). Contudo, para não retardar ou prejudicar a diligência, o policial (sexo masculino) pode executar a busca, com o devido respeito e discrição, preferencialmente em lugar reservado, fora do alcance da curiosidade popular. Durante meu curso de formação, ensinaram-me que, havendo outra mulher por perto, o policial deve convidá-la ou determiná-la a proceder a revista na suspeita, orientando-a sobre como efetuar a busca. Na busca em mulheres, o requisito da fundada suspeita também é imprescindível.


Para finalizar, reafirmo que abordagens com ou sem fundada suspeita são um dos meios que mais tiram criminosos das ruas. Portanto, não deixe de abordar, mas o faça de maneira criteriosa, consciente e, ao redigir o BO ou prestar um depoimento, fundamente o motivo de ter submetido o cidadão à busca pessoal. Vale salientar que já existe até cartilha dos Direitos Humanos ensinando como denunciar supostos e hipotéticos abusos praticados por policiais.


Fonte: Universopolicial (modificado)

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Treinamento Continuado: Polícia Militar de Sena Madureira realiza treinamento com Fuzil .5,56.
O objetivo é atualizar todos os policiais militares pertencentes ao 8 BPM,



Na manhã desta quarta-feira(31) os policiais militares de Sena Madureira foram contemplados com instrução de armamento e tiro com Fuzil 5,56, onde teve como instrutor o Ten Pm Assis (sub-comandante do batalhão), onde ao falar a direção do blog salientou.

"O treinamento continuado possibilita auto-confiança necessária a realização com segurança de operações policiais" disse.

Sabemos como é neccessário termos policiais bem treinados para atender a sociedade. Foi informado ainda que será utilizado na instrução um novo armamento recém chegado ao batalhão (submetralhadora calibre.30) quem em breve será utilizado por toda a tropa.





terça-feira, 30 de outubro de 2012

Destino Final: Polícia Civil de Sena Madureira incinera aproximadamente 120Kg de entorpecentes.


Na manhã dessa terça feira (30) a Polícia Civil de Sena Madureira com o apoio da Polícia Militar, fizeram a incineração de aproximadamente 120Kg de entorpecentes que estavam armazenados há alguns anos na delegacia. Os devidos entorpecentes estavam aguardando o final dos inquéritos em que serviram como peça dos crimes. Entre os entorpecentes estavam a maconha, pasta base de cocaína, cocaína pura e até crack. A incineração foi realizada em uma olaria da cidade e contou com a presença de agentes da Polícia Civil inclusive o delegado Antonio Alceste, guarnições da Polícia Militar e a mídia local.
                   

















Os entorpecentes incinerados foram aprendidos tanto pela Polícia Civil quanto pela Polícia Militar durante os últimos anos. E o bom de tudo isso é que sabemos que tal entorpecente já mais irar está em circulação destruindo vidas e sonhos de pessoas.


Polícia Militar de Sena Madureira através de seu Núcleo de Inteligência, apreende quase 800 gramas de maconha em Operação de repressão ao trafico de entorpecente.

Operação de repressão ao tráfico de entorpecente foi realizado na BR364.



Na tarde dessa segunda-feira (29) a Polícia Militar de Sena Madureira aprendeu aproximadamente 800 gramas de maconha. As prisões foram realizadas na BR364 durante operação de repressão ao tráfico de entorpecente comandada pelo 1° Ten Assis OE. 


A primeira apreensão foi realizada por volta das 15h quando foi abordado na BR364, Km 17, um taxi de cor preta, onde um dos passageiros Antonio Leão de Araújo de 21 (foto ao lado)  ao ser abordado ficou muito nervoso e ao ser realizado a busca em uma sacola onde o suspeito informou ser sua, foi encontrado 10(dez) tabletes de maconha dentro de uma bota que estava na referida sacola, após o flagrante o autor foi conduzido a DP para os procedimentos subsequentes.




A segunda apreensão foi minutos depois após a primeira, neste caso já próximo a entrada da cidade, onde foi abordado um taxi de placa MZR8311 que vinha de Rio Branco e um dos passageiros Emerson Dinarte da Silva de 19 anos (foto ao lado) ao ser abordado foi encontrado com o mesmo aproximadamente 784 gramas de maconha que estava dentro de uma caixa de sandália localizada entre suas pernas. Segundo os policiais neste momento foi dado voz de prisão ao autor que em seguida foi encaminhado a DP para os procedimentos cabíveis.


Após as prisões o comandante da operação 1° Tem Assis falou a direção deste blog: “A polícia Militar através do seu NI (Núcleo de Inteligência), mobilizou o efetivo ordinário de seu batalhão no intuito de realizar operação de repressão ao tráfico de entorpecente na BR364 obtendo dois flagrantes” disse. O mesmo ainda enfatizou que “os policias militares do 8° estão de parabéns pelo elevado padrão de profissionalismo, onde nas duas ultimas semanas foram realizadas várias apreensões como arma de fogo e droga por parte do NI juntamente com o grupamento Giro, e o efetivo ordinário que realizou uma captura de um foragido de Rio Branco que estava com mandado de prisão em aberto".

Mais dois traficantes que são tirados das ruas de Sena Madureira graças ao trabalho da Polícia Militar e que não podemos deixar de citar a contribuição da população que cada dia vêm contribuindo para a segurança realizando denúncias.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

ROTA EM AÇÃO




Um grupamento muito eficiente que atua em São Paulo.

Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, mais conhecidas pelo seu acrônimo ROTA, é uma modalidade de policiamento do 1º Batalhão de Policiamento de Choque - "Tobias de Aguiar" - e uma tropa reserva do Comando Geral daPolícia Militar do Estado de São Paulo.
Em 1951 o batalhão, com antigo nome de "Batalhão de Caçadores", foi batizado com o nome de Tobias de Aguiar, ficando então "Batalhão de Caçadores Tobias de Aguiar".
O então Presidente da Província Rafael Tobias de Aguiar, antigo nome dado ao então governador, ficou conhecido como o criador da policia militar.
Com uma média de 120 viaturas e um efetivo de 860 homens.
Constitui-se numa força tática da Polícia Militar, que visa possibilitar flexibilidade e capacidade de reação com o uso do policiamento motorizado. Utilizada na necessidade do controle de distúrbios civis através do agrupamento de viaturas, conforme o caso, Grupo de combatePelotão,Companhia ou Batalhão de Choque.

O Policial de ROTA

            Para conseguir otimizar seus serviços, a ROTA depende do aspecto mais importante dentro de sua estrutura: o homem. Diferenciados pelas boinas negras e pelo braçal com a inscrição “ROTA” e o Brasão do Primeiro Batalhão de Choque “TOBIAS DE AGUIAR”, estes policiais não sentem em suas fardas um grau de superioridade, mas sim um sentimento de bem servir aos preceitos assimilados e aprendidos desde o início de suas carreiras, obedecendo ao juramento por eles prestados em seu ingresso nas fileiras da Corporação. Com um treinamento constante, uma noção pormenorizada de doutrina em patrulhamento, o que leva à padronização quase total de procedimentos, e um elevado respeito aos ditames de Hierarquia e Disciplina dentro da Polícia Militar, nossos homens buscam em seu dia-a-dia o motivo que faz da ROTA um símbolo de qualidade e um exemplo a ser seguido: a máxima qualidade no emprego de meios para a defesa da sociedade.

Fonte: 1º Batalhão de Polícia de Choque Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar - ROTA e wikipedia